quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Campestre

Datada de 1847, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, localizada no coração da Bahia – centro geográfico do estado –, no município de Seabra, a 458 quilômetros de Salvador, pode se tornar um dos principais pontos de visitação para o roteiro de turismo cultural a ser implantado na Chapada Diamantina.
Em reconhecimento à importância dessa igreja, a comunidade local se mobiliza para a inserção do monumento histórico no roteiro de turismo cultural que está sendo construído pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), em parceria com o Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
O templo é um dos mais antigos da região e as festividades religiosas que nele acontecem, fazem parte do calendário devocional dos moradores locais.
Localizada no Povoado de Campestre, primeira sede do município, a igreja serviu de refúgio para as tropas do coronel Manuel Fabrício de Oliveira contra o cerco realizado por outro conhecido coronel da região, Horácio de Mattos. Nas paredes desse templo católico do século 19 ainda podem ser vistas as marcas de balas que lembram esse episódio.
A localidade também foi passagem da famosa Coluna Prestes, movimento político-militar brasileiro ligado ao ‘tenentismo’ ocorrido entre 1925 e 1927. A Coluna Prestes foi caracterizada por insatisfações com a República Velha, exigência do voto secreto, defesa do ensino público e obrigatoriedade do ensino primário.
A igreja também tem importância arquitetônica. Sua fachada principal é flanqueada por cunhais e possui três portas com mesmo número de janelas e arco abatido. A frente da construção tem escadaria de pedra encimada por um frontão ladeado por dois coruchéus, que são os arremates pontiagudos que ficam na parte de cima das torres ou campanários.
Os beirais dos telhados terminam sobre cornijas, que servem para ocultar os telhados e impedir que as águas escorram pelas paredes, conhecidas também como cimalhas ou corônides.
Vila de Campestre
Apesar do antigo apogeu, a Vila de Campestre possui hoje uma população estimada em apenas 50 famílias, totalizando cerca de 200 pessoas. Elas se dedicam à produção de banana e café. O acesso a Campestre é feito através de estrada de barro, distante 12 quilômetros de Seabra. Diversas casas possuem portas e janelas em madeira, indicando arquitetura típica do final do século 18 e início do século 19.
Levantamento dos patrimônios culturais do município está sendo feito por técnicos do Ipac para identificar bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental a serem preservados.
Segundo a coordenadora de educação patrimonial do Ipac, Ednalva Queiroz, que promoveu cursos no município, a região tem muita importância, “diante do cenário de lutas territoriais do coronelismo entre os séculos 19 e 20, por ter sido matriz da sede de Seabra, e ainda pelo acervo de imaginária barroca de qualidade”.
Internamente, a igreja tem piso em lajota de barro, passadeiras em pedra na parte central da nave e capela. Destacam-se imagens de Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Rosário e Senhor Morto em madeira policromada.
O roteiro cultural integrará o projeto Circuitos Arqueológicos, do Ipac/Ufba. Desde 2008, o Ipac realiza pesquisas e mapeamento do acervo arqueológico-cultural da região para criar esses circuitos, que devem ser visitados por turistas

www.defender.org.br/bahia-igreja-de-1847-pode-integrar-roteiro-de-turismo-cultural-na-chapada/#comment-32122

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Campestre - Seabra (1863 -2007)

                                         

Formação Administrativa


 
Distrito criado com a denominação de Vila Agrícola de Campestre, pela lei provincial nº 899, de 15-05-1863, subordinado ao município de Lençóis.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Vila Agrícola de Campestre, pela lei provincial nº 2652, de 14-05-1889, desmembrada do município de Lençóis. Sede na antiga povoação de vila d povoação de Vila Agrícola de Campestre.
Constituído do distrito sede. Instalada em 14-12-1889.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Campestre, pelo decreto  estadual nº 491, de 22-06-1891.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município já denominado Campestre é constituído do distrito sede. Pela lei estadual nº 1126-A, de 27-08-1915, o município de Campestre tomou a denominação de Doutor Seabra.

Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município de Doutor Seabra (ex-Campestre) aparece constituído de 4 distritos: Doutor Seabra, Jatobá, Parnaíba e Várzea do Caldas. . Pelos decretos nºs 7455, de 23-06-1931 e 7479, de 08-07-1931, o município de Doutor Seabra passou a denominar-se simplesmente Seabra.
Pelo decreto estadual nº 8416, de 10-05-1933, é criado o distrito de João Pessoa e anexado ao município de Seabra.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Seabra (ex-Doutor Seabra) é constituído de 5 distritos: Seabra, Jatobá, João Pessoa, Parnaíba,  Várzea do Caldas Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 141, de 31-12-1943, retificado pelo decreto estadual 12978, de 01-06-1944, os distritos de Jatobá, João Pessoa e Parnaíba tomaram a denominação, respectivamente, de Baraúnas, Iraquara e Esconso.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: Seabra, Baraúnas (ex-Jatobá), Esconso (ex-Parnaíba), Iraquara (ex-João Pessoa) Jatobá e Várzea do Caldas.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950. Pela lei estadual nº 628, de 30-12-1953, é criado o distrito de Licuri (ex-povoado), com terras desmembradas do distrito de Iraquara e anexado ao município de Seabra. Sob a mesma lei estadual a cima citada o distrito de Esconso tomou a denominação de Iraporanga.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 6 distritos: Seabra, Baraúnas, Iraporanga (ex-Esconso), Iraquara, Licuri e Várzea do Caldas.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 1697, de 05-07-1962, desmembra do município de Seabra os distritos de Iraquara e Iraponga, para constituir o novo município de Iraquara.]
Pela lei estadual 1700, de 05-12-1962, desmembra do município de Seabra o distrito de Licuri. Elevado à categoria de município com a denominação de Souto Soares.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 3 distritos: Seabra, Baraúnas e Várzea do Caldas.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.


Alterações toponímicas municipais

Vila Agrícola de Campestre para Campestre, pelo decreto estadual nº 491, de 22-06-1891. Campestre para Doutor Seabra, alterado pela lei estadual nº 1126-A, de 27-08-1915


REFERÊNCIA : IBGE 2010

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Coronel Manuel Fabrício de Oliveira (14/05/1854 a 20/07/1939)

Coronel Manuel Fabrício de Oliveira (14/05/1854 a 20/07/1939)


Manuel Fabrício de Oliveira nasceu em 14 de maio de 1854 e morreu em  20 de julho de 1939.
O coronel Manuel Fabrício foi um político brasileiro, chefe político do hoje inexistente município baiano de Campestre, tendo se envolvido nas lutas contra o coronel Horácio de Matos pelo domínio do poder político da Chapada Diamantina.
Nasceu em Campestre, hoje distrito de Seabra,  filho de Fabrício José de Oliveira e  de Ana Nervilha de Oliveira (D. Biosa). Casou com  D. Dursolina Honória em 1883, com quem teve vários filhos .
Politicamente, aliou-se ao governador José Joaquim Seabra, chefiando o PRD em Campestre até 1920. Era chefe de um grande bando de jagunços (cerca de 200 homens), com os quais sustentava as disputas com os membros da família Matos e outros tantos adversários.
Em Campestre sustentou a defesa de suas posições em quatro ataques armados, sendo finalmente derrotado pelo coronel Horácio de Matos. No Convênio de Lençóis, em 1920 uma das suas cláusulas, era a exigência da retirada do coronel Manuel Fabrício da cidade que, então, deixou de existir, passando a distrito de Seabra. Exerceu funções estaduais em diversas localidades, morrendo no mesmo ano que a esposa, no povoado de Itaíba, em Itaberaba.
“Tendo sido a luta de Campestre a primeira grande prova de fogo de Horácio de Matos, ainda tão jovem, enfrentou e saiu vitoriosamente fortalecido, ela foi, igualmente, a última em que o famoso coronel Manuel Fabrício de Oliveira se empenhou tão duramente, representando, ademais, o crepúsculo melancólico de sua longa carreira de régulo de aldeia, valente e destemido e, até então, imbatível”. (WALFRIDO MORAES – JAGUNÇOS E HERÓIS)

MORAES, Walfrido. Jagunços e Heróis: a Civilização do Diamante nas lavras da Bahia/ Walfrido Moraes. – 3ª ed. Revisada e ampliada- Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 1984.
MENDONÇA, Edízio. Campestre e seus Horrores, EGBA, Salvador, 2006, PP. 95-97
 
ACESSO EM 06 / 06 /2012,  ÀS 22:52 h

A PRIMEIRA RESISTÊNCIA NAS TERRAS DO CAMPESTRE


 
 
A PRIMEIRA RESISTÊNCIA NAS TERRAS DO CAMPESTRE


Para entender o contexto da Guerra do Campestre temos que relembrar os fatos que marcaram a história da Chapada Diamantina: os conflitos sangrentos, as lutas e disputas políticas etc. Antes e durante os primeiros anos da Invasão Portuguesa à América do Sul, nas terras vermelhas do município do Campestre e dos demais territórios da cidade de Seabra, viviam os povos indígenas Cariacãs, Maracás e Paiaiás, que moravam nos altos das serras, deixando suas marcas nos paredões e lajedos rosados com suas pinturas em urucuns. Estas pequenas sociedades, que foram extintas pelos bandeirantes portugueses nos séculos XVI, XVII e XVIII, mostraram aos invasores uma enorme resistência sendo consideradas como as “tribos” mais guerreiras e agressivas do sertão baiano, dando enorme trabalho para serem dominadas. Os confrontos entre os portugueses e os indígenas se transformaram em verdadeiras carnificinas – A terra vermelha do Campestre viu-se lavada com suor, urucum e muito sangue.

“Há casos em que foram degolados aproximadamente 400 índios, somente num combate. Em contrapartida, o sertanista baiano Brás Pires Meira, na segunda metade do século XVI, com setenta homens, numa expedição ordenada por Manuel Teles Barreto à Serra do Salitre, foi morto com toda sua bandeira pelo gentio bravo” (BANDEIRA, R. Luis, 2006, p. 42). 




Guerra

“Enquanto o soldado passa
O menino brinca na praça
Um traz nos olhos a morte
O outro a rosa do amanhã”

(GUIMARÃES, Sindo, Relato dos Ventos, 2000, p.73)
 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

ASS. do CAMPESTRE, DISTRUI CESTAS PARA A POPULAÇÃO CARENTE DA COMUNIDADE


      A Associação do Campestre, faz parte da Conab Doação, este programa foi implantado na comunidade do Campestre pela a associação local e associação da Lagoa da Boa Vista.

Veja como ele funciona.


A modalidade Compra da Agricultura Familiar com Doação Simultânea é a aquisição de alimentos de agricultores familiares organizados em grupos, associações ou cooperativas e destinados a entidades que compõem a Rede de Proteção e Promoção Social que tenham programas e ações de acesso à alimentação. Desenvolvida com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a modalidade é operada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A organização de agricultores encaminha à Conab uma proposta de participação ao Programa informando aos agricultores familiares envolvidos os alimentos a serem adquiridos e as respectivas quantidades, as entidades que serão contempladas e a periodicidade de entrega dos alimentos. Os preços dos produtos são definidos em conjunto com a Conab a partir de levantamento de preços praticados no mercado local.

Aprovada a proposta de participação, a organização emite uma Cédula de Produto Rural (CPR-Doação) e passa a fornecer alimentos às entidades conforme definido na proposta. Após a confirmação da entrega dos produtos, a Conab disponibiliza os recursos pactuados na conta da organização que realiza o pagamento aos agricultores até o limite de R$ 4,5 mil por participante/ano. O acordo tem prazo de duração predefinido, e durante esse período a Conab fiscaliza todas as fases da operação.

A modalidade permite a aquisição de alimentos in natura, processados e industrializados enriquecendo os cardápios das entidades da Rede. O fornecimento de produtos orgânicos é privilegiado, sendo possível inclusive o pagamento de valores diferenciados para esse tipo de alimento (até 30% a mais do que o valor pago para o alimento convencional).

shttp://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/alimentoseabastecimento/paa/modalidades/compra-com-doacao-imultanea-1


VOLUNTÁRIOS QUE AJUDAM MENSALMENTE NA ORGANIZAÇÃO DAS CESTAS.


As cestas são organizadas de acordo com o número de pessoas que compõem a família


São cerca de 50 famílias benificiada na localidade de Campestre pelo programa Conab doação.


Os benificiados todos os meses se dirigem a SEDE da associação para retirarem sua cesta de produtos regionais, cuja a origem vem da agricultura familiar 


Dona Valda entregrando uma Cesta.

Com o programa a população lacal passou a se alimentar mais e melhor, pois os produltos são em sua em sua maioria orgânicos  e de alta qualidade.


Dona solange Santos e seu dois filhos retirando sua Cesta

O voluntário Renan Vieira entregando a Cesta a uma benificiaria

Dona Ana Maria, retirando sua cesta, além de benificiaria ela é também voluntária na organização das cestas.

ALGUNS DAS MUITAS PESSOAS ,QUE RECEBEM A CESTA MENSALMENTE


quarta-feira, 9 de maio de 2012

SECA NA BAHIA: Pov. de Campestre - Seabra



  Os plantas estão morrendo por falta de chuva.



 Situação do Rio Campestre


As plantações de café  estão nesta Situação 

 Mais de 80% da produção de Café se perdeu



O café produzido na Chapada Diamantina é considerado um dos melhores café do Brasil 


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Seabra - BA sofre com a seca que atinge o estado



Rio Campestre em época de estiagem Abril 2012 
(imagens abaixo)


Mais de 90 famílias dependiam da água do rio para sua sobrivivência


Rio Campestre -  Abril 2012