quarta-feira, 6 de junho de 2012

A PRIMEIRA RESISTÊNCIA NAS TERRAS DO CAMPESTRE


 
 
A PRIMEIRA RESISTÊNCIA NAS TERRAS DO CAMPESTRE


Para entender o contexto da Guerra do Campestre temos que relembrar os fatos que marcaram a história da Chapada Diamantina: os conflitos sangrentos, as lutas e disputas políticas etc. Antes e durante os primeiros anos da Invasão Portuguesa à América do Sul, nas terras vermelhas do município do Campestre e dos demais territórios da cidade de Seabra, viviam os povos indígenas Cariacãs, Maracás e Paiaiás, que moravam nos altos das serras, deixando suas marcas nos paredões e lajedos rosados com suas pinturas em urucuns. Estas pequenas sociedades, que foram extintas pelos bandeirantes portugueses nos séculos XVI, XVII e XVIII, mostraram aos invasores uma enorme resistência sendo consideradas como as “tribos” mais guerreiras e agressivas do sertão baiano, dando enorme trabalho para serem dominadas. Os confrontos entre os portugueses e os indígenas se transformaram em verdadeiras carnificinas – A terra vermelha do Campestre viu-se lavada com suor, urucum e muito sangue.

“Há casos em que foram degolados aproximadamente 400 índios, somente num combate. Em contrapartida, o sertanista baiano Brás Pires Meira, na segunda metade do século XVI, com setenta homens, numa expedição ordenada por Manuel Teles Barreto à Serra do Salitre, foi morto com toda sua bandeira pelo gentio bravo” (BANDEIRA, R. Luis, 2006, p. 42). 




Guerra

“Enquanto o soldado passa
O menino brinca na praça
Um traz nos olhos a morte
O outro a rosa do amanhã”

(GUIMARÃES, Sindo, Relato dos Ventos, 2000, p.73)
 

Um comentário:

  1. Pô cara, valeu por divulgar meus escritos. Se quiser pode postar outras partes do artigo. abraço.

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